Regular mercados e outros disparates

O facto de o Real Madrid estar disposto a pagar muito pelos jogadores que quer na sua equipa não representa nenhum abuso de posição dominante, nem está provado que isso implique uma hegemonia tal que anule a concorrência entre as diversas equipas europeias de futebol, como aliás o Real Madrid bem sabe, assim como o seu actual presidente. O que não se deve permitir é que, caso o Real Madrid vá à falência, o Estado espanhol interfira para evitar o acontecimento. O futebol acompanhou a evolução das sociedades modernas, nada há a fazer. Não mais se retornará àquilo que acontecia nos anos sessenta do século passado, que representava já uma enorme ruptura com o que se passava nos anos vinte ou trinta desse mesmo século. Cristiano Ronaldo é a transferência mais cara no futebol mundial, por enquanto. Não há suporte lógico para sonhar impor um tecto às transferências de jogadores de futebol. O mercado ditará as suas leis. No momento em que esse tecto for imposto, o dinheiro correrá por fora, numa espécie de mercado negro, que o futebol português tão bem conhece. Numa sociedade de mercado, o futebol só pode ser um produto mercantil e os jogadores uma mercadoria, cujo valor é ditado pelas regras da oferta e da procura. Só isso.
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