13/05/08

O caça-privilégios

Sócrates, na sua pequenez política, mal chegou ao governo desencadeou campanhas contra os putativos privilegiados (aliás, os únicos atingidos foram os professores e chamar-lhe privilegiados é uma anedota de mau gosto). Depois, com o mesmo espírito de missão começou a perseguir o fumo em locais fechados. Agora, o nosso caça-privilégios mor e um seu ajudante de campo, o ministro Manuel Pinho, acharam por bem fumar durante o voo oficial de Lisboa para Caracas, perante a estupefacção de muitos membros da comitiva (Público). Afinal, o caça-privilégios não evitou gozar um efectivo privilégio, o de ser detentor do poder, para dar vazão ao seu viciozinho. De facto, não somos todos iguais.

1 comentário:

maria correia disse...

Não poder fumar num avião, especialmente se a viagem for de mais de duas horas, é um verdadeiro atentado à saúde pública dos milhares de fumadores que utilizam este meio de transporte. Claro, esta lei estúpida prefere que as pessoas, ao viajar, se encham de comprimidos para dormir ou de alcool, como um amigo meu, que tem pavor das alturas e que bebe whisky até cair para não sentir o medo. Viajei muitas vezes de avião, no tempo em que havia separação nos lugares para fumadores e não fumadores...e nunca ouvi nenhum não fumador queixar-se...e a forma como a lei foi implantada em Portugal é completamente descabida. Os espanhóis resolveram bem o assunto: bares e restaurantes para uns e para outros. Ponto final. Claro que há sempre priveligiados...Tenho a certeza de que os senhores do Pentágono e da Casa Branca fumam lá dentro das intalações, quando o pobre americano comum até multado pode ser por fumar à esquina...é que nem nas ruas se pode fumar por lá...cá, qualquer dia estamos na mesma. Proibir é a palavra de ordem. Só não se proíbe o que se deveria proibir, ou seja: Proibir. E lembro um velho slogan anarquista que subscrevo: É PROIBIDO PROIBIR.