António Manuel Couto Viana - Tudo Previsto
E permaneço entre as espigas,
De ossos roídos pela fome,
Atento à voz das raparigas
Que hão-de gritar, longe, o meu nome.
Mas as palavras ‘stão fechadas
Nos podres ovos das serpentes.
Quando as cadeias forem ‘stradas,
Já não terei língua, nem dentes.
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