16/05/08

António Manuel Couto Viana - Jau

Sou a tua presença, aos pés, calada, quieta,
O jau, com quem me identifico tanto
Nesta gruta onde estou e escuto o canto
Das cigarras que é, hoje, a voz do teu poeta.

António sou (tenho o teu nome)
E escravo, também, da poesia.
Para ela é que estendo, em cada dia,
A mão à minha fome.

Sem comentários: