René Char - Não venhas demasiado cedo
Não venhas demasiado cedo, amor, espera ainda;
A árvore apenas abanou a vida;
As folhas de abril foram arrancadas pelo vento.
A terra aquieta-se à superfície
E cerra os seus abismos.
Amor nu, eis-te, fruto do furacão!
Sonho contigo ao desfazer-te a crosta.
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