Prós e Contras
Ontem vi apenas um pouco do programa. No entanto, o que vi foi interessante. Adriano Moreira, que se disse de direita e conservador, está à esquerda do actual governo de Sócrates. Vale sempre a pena ouvir o que este senador tem para dizer. Sobre os Estados Unidos observou: apesar de Bush, os EUA são os aliados da Europa. Esta é a questão fundamental. E se Bush é mau, é preciso que os europeus não se esqueçam dos seus líderes que geraram 2 (duas) guerras mundiais. Adriano Moreira é, ainda hoje, um dos pensadores da política mais interessantes que existem por cá. Pena é que, para lá dos protestos de respeito, seja já pouco ouvido.
Mário Soares mostrou aquilo que ele é, e que não esconde. Naquilo que vi, Soares é um pensador tendencialmente nulo. Mas é um político nato, todo intuição e percepção do que é essencial. Não tem o talento académico de Adriano Moreira, este não tem o brilho e a intuição política de Soares. O ex-Presidente percebe muito bem qual é a linha de equilíbrio fundamental para que as sociedades não se desmoronem.
Do que vi e ouvi, fiquei com uma impressão neutra de Rangel. Há conhecimento, mas não vi talento político nem académico. Uma imagem demasiado tecnocrática, ao serviço do discurso ideológico dominante. Miguel Portas é daqueles que, apesar de falar muito e de forma enfática, nada tem para dizer. Não tem conhecimento académico nem talento político, há apenas aquela qualidade que os alemães designam por Schwärmerei, e que Kant, com razão, abominava, isto é, entusiasmo. Mas aquela ideologia entusiasmada faz sentido aos 20 anos, depois começa a tornar-se deprimente. Aos 50 é um anacronismo. Não percebo o entusiamo pacóvio com que a comunicação se deslumbra com a família Portas. O único que deve valer a pena ouvir é aquele que nunca fala, o pai, o arquitecto Nuno Portas.
Mário Soares mostrou aquilo que ele é, e que não esconde. Naquilo que vi, Soares é um pensador tendencialmente nulo. Mas é um político nato, todo intuição e percepção do que é essencial. Não tem o talento académico de Adriano Moreira, este não tem o brilho e a intuição política de Soares. O ex-Presidente percebe muito bem qual é a linha de equilíbrio fundamental para que as sociedades não se desmoronem.
Do que vi e ouvi, fiquei com uma impressão neutra de Rangel. Há conhecimento, mas não vi talento político nem académico. Uma imagem demasiado tecnocrática, ao serviço do discurso ideológico dominante. Miguel Portas é daqueles que, apesar de falar muito e de forma enfática, nada tem para dizer. Não tem conhecimento académico nem talento político, há apenas aquela qualidade que os alemães designam por Schwärmerei, e que Kant, com razão, abominava, isto é, entusiasmo. Mas aquela ideologia entusiasmada faz sentido aos 20 anos, depois começa a tornar-se deprimente. Aos 50 é um anacronismo. Não percebo o entusiamo pacóvio com que a comunicação se deslumbra com a família Portas. O único que deve valer a pena ouvir é aquele que nunca fala, o pai, o arquitecto Nuno Portas.
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