23/05/07

Carlos Drummond de Andrade - Toada do Amor

E o amor sempre nessa toada:
briga perdoa perdoa briga.

Não se deve xingar a vida,
a gente vive, depois esquece.
Só o amor volta para brigar,
para perdoar,
amor cachorro bandido trem.

Mas, se não fosse ele, também
que graça que a vida tinha?

Mariquita, dá cá o pito,
no teu pito está o infinito.

In Alguma Poesia, 1930.

1 comentário:

jlf disse...

Também gosto, e muito, do Drummond de Andrade.