A liberdade de expressão
Contrariamente ao que dizem alguns apoiantes mais exaltados do actual governo, existe de facto uma diminuição das liberdades públicas e dos direitos de expressão. Seja qual for o desenlace do caso Charrua, o exemplo está dado. As pessoas, fundamentalmente na área da função pública, começam a ter medo e já interiorizaram que podem vir a ter aborrecimentos pelo que dizem, se aquilo que lhes sai da boca não tem a tonalidade devida. Tudo isto é intensificado pelo comportamento dos políticos (Sócrates, Lurdes Rodrigues e Jorge Pedreira) que fingem que o caso é técnico-administrativo.
Dentro das escolas, os professores começam a calar-se e a ter medo. Porquê? Porque sabem muitas coisas e não sabem muitas outras. Explico-me. Sabem que vão ser avaliados, sabem que essa avaliação vai determinar quem é promovido e quem não é, e a coisa mexe com a vidinha e os dinheiros para tal coisa. Sabem também que, por muito que se diga, a avaliação não terá muito a ver com a sua qualidade de professores, mas com factores que eles, enquanto professores, não dominam. E o que não sabem? Não sabem se amanhã as escolas e as suas vidas ficam nas mãos das autarquias. Já se imaginou o regabofe? Não sabem se amanhã os directores das escolas vão ser de nomeação política. Este caso, que aparenta ser fortuito, não é. É o símbolo do estado da arte. A escola pública portuguesa tornou-se um lugar fantasmagórico, onde o medo corrói a liberdade de ensinar (veja-se o novo ECD e como o eduquês – a ideologia educativa que gangrena o ensino em Portugal – está lá posto como dever de todos os professores).
A coisa não se vê, mas está instalada e já se move com uma impunidade total. Qual a justificação para tudo isto? Melhorar o ensino e promover os melhores professores. Basta ver as condições para acesso ao 1.º concurso de professor titular para perceber que nada disso está em causa.
Dentro das escolas, os professores começam a calar-se e a ter medo. Porquê? Porque sabem muitas coisas e não sabem muitas outras. Explico-me. Sabem que vão ser avaliados, sabem que essa avaliação vai determinar quem é promovido e quem não é, e a coisa mexe com a vidinha e os dinheiros para tal coisa. Sabem também que, por muito que se diga, a avaliação não terá muito a ver com a sua qualidade de professores, mas com factores que eles, enquanto professores, não dominam. E o que não sabem? Não sabem se amanhã as escolas e as suas vidas ficam nas mãos das autarquias. Já se imaginou o regabofe? Não sabem se amanhã os directores das escolas vão ser de nomeação política. Este caso, que aparenta ser fortuito, não é. É o símbolo do estado da arte. A escola pública portuguesa tornou-se um lugar fantasmagórico, onde o medo corrói a liberdade de ensinar (veja-se o novo ECD e como o eduquês – a ideologia educativa que gangrena o ensino em Portugal – está lá posto como dever de todos os professores).
A coisa não se vê, mas está instalada e já se move com uma impunidade total. Qual a justificação para tudo isto? Melhorar o ensino e promover os melhores professores. Basta ver as condições para acesso ao 1.º concurso de professor titular para perceber que nada disso está em causa.
1 comentário:
Estas medidas administrativas tomadas pelo Governo são apenas indícios da crise educativa generalizada, resultado das políticas governamentais dos últimos 20 anos, que empreenderam experiências pedagógicas malparadas na nossa Escola. Com efeito, 80% dos nossos alunos abandonam a Escola ou recebem notas negativas nos Exames Nacionais de Português e Matemática. Disto, os culpados são os educadores oficiosos que promoveram políticas educativas desastrosas, e não os alunos e professores. Os problemas da Educação não se prendem com os conteúdos programáticos ou com o desempenho dos professores, mas sim com as bases metódicas cientificamente inválidas.
Ora, devemos olhar para o nosso Ensino na sua íntegra, e não apenas para assuntos pontuais, para podermos perceber o que se passa. Os problemas começam logo no ensino primário, e é por ai que devemos começar a reconstruir a nossa Escola. Recomendamos vivamente a nossa análise, que identifica as principais razões da crise educativa e indica o caminho de saída. Em poucas palavras, é necessário fazer duas coisas: repor o método fonético no ensino de leitura e repor os exercícios de desenvolvimento da memória nos currículos de todas as disciplinas escolares. Resolvidos os problemas metódicos, muitos dos outros, com o tempo, desaparecerão. No seu estado corrente, o Ensino apenas reproduz a Ignorância, numa escala alargada.
Devemos todos exigir uma acção urgente e empenhada do Governo, para salvar o pouco que ainda pode ser salvo.
Sr.(a) Leitor(a), p.f. mande uma cópia ao M.E.
email: gme@me.gov.pt
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