02/05/08

Jacques Brel - La quête

Todos conhecemos a versão brasileira desta canção. Apesar de ser um admirador incondicional de Brel, havia um disco que não conhecia. Aquele que reunia a música de uma peça de teatro, "L'homme de la Mancha". Esta extraordinária interpretação de Brel pertence a essa peça, onde ele era D. Quixote. Já gostava bastante da versão brasileira, mas não conhecia esta antiga versão em língua francesa. Há uma força em Brel que é irrepetível. Não resisto a transcrever o comentário feito por um cliente da Amazon.fr que teve a felicidade de ver Brel a interpretar a peça, Jacques Ginepro:

«J'ai eu le privilège et le bonheur d'assister à Paris à une des représentations de cet inoubliable chef-d'oeuvre. Avec tous les spectateurs, nous avons partagé une soirée exceptionnelle ; nous sentions que nous vivions un grand évènement d'émotion, d'amour, en symbiose avec les interprètes. Sur une musique de Mitch LEIGH, Jacques BREL a "ciselé", comme il s'est si bien le faire, de merveilleux textes. Comment un homme peut il réunir à Lui tout seul autant de talent, de génie, acteur hors pair, chanteur, auteur, compositeur, il est l'Artiste le plus complet du xxème siècle.

Outre Robert MANUEL et Armand MESTRAL, parfaits, DULCINEA en la personne de la sublime Joan DIENER (voix et physique somptueux) partage avec notre grand Don Quichotte, cet impossible amour que même la mort n'effacera jamais. Cette Comédie musicale restera pour moi le plus beau, le plus fascinant, le plus envoûtant souvenir de ma vie.»

Foi um acaso que me conduziu a este extraordinário vídeo.

jacques brel - la quête
Colocado por bisonravi1987

1 comentário:

maria correia disse...

Brel atingiu a perfeição; a esta hora, deve estar numa bela ilha deserta só com as pessoas e os cães que amou ou que o amaram. A beber cerveja ou vinho tinto, a fumar, a comer marisco e peixe acabado de pescar, a nadar naquele mar onde um dia perdeu La Fanette, que, entretanto, regressou para ele, claro, como não poderia deixar de ser. Jacky também lá está, e, por vezes, falam dos bourjois que continuam a ser cochons...Marike passeia com ele por um Plat Pays que existe nessa ilha, e, por vezes, convidam todos os marins du Port D'Amesterdam, e todas as as raparigas a quem cantaram, um dia, Ne Me Qittes Pas...porque, na ilha, il y a des perles de pluie, e, pelas noites quentes, dançam La Valse à Mille Temps...
Não há Montands nem Brassens que lhe cheguem sequer a um degrau abaixo dos pés. Era, Foi, É Perfeito, aquela perfeição que rasa o mais sombrio da alma humana ou que atinge os píncaros olímpicos da alegria e da beleza.
Um dia, vou lá ter com ele.