Vá lá, não fechem A Brasileira
Foi através do Portugal dos Pequeninos e do Miss Pearls que tomei conhecimento da ameaça que sombreia a vida de um dos cafés mais emblemáticos do Porto, A Brasileira, na rua Sá da Bandeira. Uma divergência entre os proprietários e um banco pode conduzir à morte da instituição. Quando em 1977 fui cumprir o serviço militar, assim se dizia na altura, para o Porto, na Escola Prática de Transmissões, era para A Brasileira que ia muitas vezes, depois de jantar, beber café e ler o jornal. Na altura lia o o vespertino Diário de Lisboa. Tenho ideia de estar na esplanada a olhar as gentes que deambulavam por ali e a respirar aquele ambiente especificamente portuense. Lá perto, o Teatro Sá da Bandeira anunciava os seus produtos, os quais nunca consumi, e a vida fluía tranquila e ronronante com aquela pronúncia do norte e as pessoas a pedirem cimbalinos. Vá lá, não fechem a casa. O Porto sem A Brasileira não será o mesmo.
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