03/05/09

O declínio da liberdade de imprensa



Vão maus os tempos para a liberdade de imprensa. Só 17% dos habitantes do mundo beneficiam de uma imprensa livre. Portanto, a liberdade de imprensa é um luxo, um artigo raro. Isso mostra também a profunda dificuldade que o poder tem em lidar com a opinião livre. Mesmo nas democracias, com a excepção daquelas que estão há muito consolidadas, a tentação do poder político é diminuir a liberdade de expressão. Nós conhecemos, nestes últimos anos, algumas ameaças disso. Mas o mais curioso é aquilo que o Público relata: «O relatório nota que a Itália e Israel desceram da categoria de "países livres" para a de "países parcialmente livres", no que é entendido pelos autores do documento como um exemplo do declínio da liberdade de imprensa em regimes democráticos.» Israel poderemos perceber, mas a civilizada Itália? Retenham-se duas ideias: países parcialmente livres e declínio da liberdade de imprensa em regimes democráticos. Iremos continuar a ouvir falar delas.

2 comentários:

Alice N. disse...

Temos tido vários exemplos que nos demonstram que os valores da democracia são cada vez mais relativos (e não é só o da liberdade de imprensa); e uma democracia relativa não é democracia nenhuma. Tudo isto é, de facto, muito preocupante.

Diogo disse...

Imprensa livre? Where?


Jon Stewart – As 183 simulações de afogamento efectuadas pela CIA em apenas um mês a um terrorista da Al-QaedaJon Stewart: sendo mais específico, um prisioneiro da Al-Qaeda passou pela simulação de afogamento 183 vezes num mês, e esta é a pior parte: 185 simulações e recebe-se pão de alho de graça. É preciso passar pela simulação de afogamento 183 vezes? O grau de eficácia não diminui? Presumo que, depois de 90 simulações, ele pense: "Não me vão mesmo afogar, pois não?"

Michael Hayden, director da CIA na era de Bush defendeu a utilização dessas tácticas contra sujeitos que já tinham dito tudo o que sabiam.

Pivot do Canal de TV: Toda a informação que [Abu Zubaydah] revelou surgiu antes de ter sido sujeito a simulações de afogamento, antes de ser esbofeteado, antes de ser atirado contra uma parede.

Michael Hayden: devo corrigi-lo. Foi atirado contra uma parede falsa e flexível com uma protecção no pescoço para que não se magoasse.

Jon Stewart: E, para sermos justos, se me permite, a água que usámos para as simulações era tépida e tinha um pH equilibrado. E as algemas das posições de tensão eram sempre as peludas da Spencer Gifts. Não somos animais!

VÍDEO legendado em português