Bloco central
A criatura que Deus, com a minha cumplicidade e para castigo dos nossos pecados, nos deu como grande timoneiro da pátria veio aqui, a Torres Novas, dizer que a questão do bloco central é uma ilusão. A pobre Dr.ª Manuela Ferreira Leite também já desmentiu essa hipótese.
Mas expliquem-me lá, por favor, como os interesses que se agregam em torno da governação se vão defender, caso não haja uma maioria absoluta (esta pode ser PS apenas, pode ser PSD+CDS, ou PS+CDS)? Aliás já ouvi, no outro dia, o senhor Van Zeller, da CIP, dizer que nada de maiorias absolutas, que o governo não a merece pelo comportamento que tem tido. Ora, considerando que os interesses daqueles que se movem em torno do poder são grandes, como se poderá dar estabilidade à defesa desses interesses? Certamente não será fazendo depender o governo do Bloco de Esquerda ou do Partido Comunista. Portanto, o bloco central, seja ele formal ou informal, é uma inevitabilidade, caso não haja maioria absoluta. Aliás aquilo que divide o pessoal do PS e o do PSD é nada, por muito que isso aborreça a Dr.ª Ferreira Leite. O resto são exercícios de trapezistas para eleitores incautos.
1 comentário:
É claro que a criatura se não conseguir governar sozinha... Governa com o irmão gémeo... Só pode!
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