Lindíssimo. Vi sempre na música de Carlos Paredes uma das mais altas e nobres expressões da alma portuguesa...mas eu faço parte de um restrito número de pessoas que acredita num Geist dos povos, dos lugares...Uma espécie de locus amenus/horrendus peculiar a um grupo humano ou a uma região. A música de Paredes é profundamente portuguesa. Reflecte uma ânsia calmo/trágica, uma intranquilidade intensamente triste, vibrante, apesar de contida e amena mas vívida, de uma luminosidade sombria, de uma inquietação sobre não se sabe bem o quê, talvez a saudade intensa de um Paraíso perdido...
Escarnecido, abandonado, sofrer mil vezes no tempo. Nada ter, nada poder, nada ser, eis o meu esplendor. (Angelus Silesius, Cherubinisher Wandersmann, II, 244)
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Lindíssimo. Vi sempre na música de Carlos Paredes uma das mais altas e nobres expressões da alma portuguesa...mas eu faço parte de um restrito número de pessoas que acredita num Geist dos povos, dos lugares...Uma espécie de locus amenus/horrendus peculiar a um grupo humano ou a uma região. A música de Paredes é profundamente portuguesa. Reflecte uma ânsia calmo/trágica, uma intranquilidade intensamente triste, vibrante, apesar de contida e amena mas vívida, de uma luminosidade sombria, de uma inquietação sobre não se sabe bem o quê, talvez a saudade intensa de um Paraíso perdido...
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