28/05/09

A perturbação do meretíssimo

O juiz do caso da "menina russa" diz-se perturbado com a situação. Muito bem, mostra que é um ser humano e que possui as mesmas emoções que todos nós. Mas para além de ser humano, o meretíssimo é juiz e juiz conselheiro, julgo. Por muitas emoções que as consequências da sua sentença agora lhe produzam, a Justiça em Portugal ficaria melhor servida se ele se tivesse pura e simplesmente remetido ao silêncio. Dos juízes não esperamos emoções, mas sentenças justas. É para isso que são pagos. As emoções devem ser deixadas para as telenovelas e os carnavais televisivos, ou então para os treinadores de futebol.
Adenda: O José Trincão Marques, do Terra Nossa, chamou-me a atenção, e com toda a razão, para o facto de estarmos na presença de um juiz-desembargador e não de um juiz-conselheiro.

1 comentário:

José Trincão Marques disse...

De acordo.
Apenas uma correcção: este juiz não é conselheiro, mas sim desembargador (o que para a questão levantada não interessa muito. O que interessa é que é juiz).
A falta de bom senso começa a atingir níveis preocupantes.