Sem destino vão os passageiros
Edward Hopper - Chair Car (1965)
Sem destino vão os passageiros
neste carro de opaca luz.
Caminham para o lugar sem volta,
distraídos pela chama da vida,
como se vida ainda houvesse,
quando o carro vai sem pressa,
nos dias que noite não têm.
Suspiram pela próxima paragem,
mas se a porta então se abre,
apenas entra novo passageiro,
e logo se senta a pensar
no longo fulgor da morte
que ilumina a rápida treva da vida.
neste carro de opaca luz.
Caminham para o lugar sem volta,
distraídos pela chama da vida,
como se vida ainda houvesse,
quando o carro vai sem pressa,
nos dias que noite não têm.
Suspiram pela próxima paragem,
mas se a porta então se abre,
apenas entra novo passageiro,
e logo se senta a pensar
no longo fulgor da morte
que ilumina a rápida treva da vida.
2 comentários:
Sei que poesia e pintura são duas artes distintas (muitas vezes complementares, mas efectivamente distintas) e que cada uma vale por si, mas, neste caso, se tivesse de relacionar texto e imagem, diria que é o quadro a ilustrar o poema e não o poema a ilustrar o quadro.
Para quando um livro?
POEMA magnífico...
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