Aquelas imagens que passam
Aquelas imagens que passam
e a melancolia que há nos olhos
são um rasto de sombra no Inverno
ou a lenta queda de um grave.
Se fosse apenas ciência,
ainda poderia acreditar nos passos que oiço,
se ao longe ecoa o restolhar das folhas caídas.
Mas um simulacro de vida,
quem nele pode confiar?
Sento-me e deixo a escuridão correr,
como se a noite me visitasse
para anunciar a hora que vai chegar.
Abro os olhos, mas nada vejo.
Oiço-te a soletrar breves palavras
e todo o teu corpo me cheira a cansaço.
Cala-te, o filme acabou.
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