Moisés David Ferreira - Reencontro X
no compasso das mãos,
a intermitência
de um naufrágio
surpreendentemente compacto e claro.
ainda que a distância se feche,
e o vento
se cubra de insensatas multidões,
uma fronteira abalará
desde o âmago
a lápide do tempo.
onde mar e ouro se tocam,
e o sal
restitui à língua o impossível,
aí
a indómita viagem
florescerá do infortúnio.
1 comentário:
maravilhoso. «onde o mar e o ouro se tocam»...lá, onde o impossível nos é restituído. Belíssimo poema.
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