Festival RTP 1971 - Paulo de Carvalho - Flor Sem Tempo
Isto não era mau. Pelo menos era bastante melhor do que aquilo que os outros países apresentavam no Eurofestival da canção. A verdade, porém, é que este tipo de canção não era adequado à leveza do concurso da Eurovisão. Mas fora desses certames não havia mercado ou espaço para este tipo de canção popular sobreviver. A prova está no facto de toda esta geração de cantores e a seguinte ter praticamente desaparecido de cena, quero dizer da televisão. E nem deixaram sucessores. Resta a música pimba. O curioso é que esta música já existia na altura, mas não tinha lugar nos meios de comunicação social. O chamado nacional-cançonetismo, note-se, nada tinha a ver com aquilo que hoje chamamos música pimba. Era kitsch, mas não pimba. É como se a democracia viesse permitir a manifestação do fundo da alma lusa. E esse fundo é o que é.
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