Coisas dos congressos
Apesar de ter militado politicamente nos anos setenta do século passado, nunca participei em nenhum congresso partidário. De certa forma, eu tinha uma espécie de anjo-custódio que me protegia, inclusive dos meus desejos. Tendo a minha actividade política cessado por volta de 1977/78, nunca mais tive curiosidade por esse tipo de acontecimento, onde os delegados se reúnem em conclave para escolher ou aclamar o chefe. Com o tempo, esse tipo de assembleias foi-me parecendo cada vez mais pornográfico.
Ora, estava eu a ver as notícias na SIC, e lá apareceram umas imagens da reunião da ordem socialista para re-sagração do seu pastor. Tudo bem, uma pessoa percebe para o que serve aquilo. Mas há coisas, porém, que custam ver. Não me estou a referir àquele esforçado militante que desenhava uma curiosa teoria sexual ao arrepio das necessidades do PS [haja alguém que explique ao homem que aquilo é só para tirar uns votos aos gajos do BE] e protestava contra os casamentos gays, seja lá isso o que for. Também não me estou a referir ao dedicado militante açoreano que canta para alegrar a Dr.ª Edite Estrela, nem sequer ao discurso do Dr. António Costa. O que custa mesmo ver é um homem com o passado e o presente de Jaime Gama tecer loas ao pastor da congregação. Uma pessoa olha para ele e até parece ver que ele não acredita numa palavra que diz. Mas que ele as diz, lá isso diz.
1 comentário:
"... oblige".
(Dessa mesma criatura mais me custou, talvez, assistir, em vídeo clips que correram aí anexos aos mails, ao que noutros idos ele "barafustou" relativamente ao mugabe da Madeira e as loas que recentemente lhe teceu... Estas servis criaturas - sem cerviz - não engolem sapos nem elefantes... Engolem dinossauros!)
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