28/02/09

Coisas dos congressos



Apesar de ter militado politicamente nos anos setenta do século passado, nunca participei em nenhum congresso partidário. De certa forma, eu tinha uma espécie de anjo-custódio que me protegia, inclusive dos meus desejos. Tendo a minha actividade política cessado por volta de 1977/78, nunca mais tive curiosidade por esse tipo de acontecimento, onde os delegados se reúnem em conclave para escolher ou aclamar o chefe. Com o tempo, esse tipo de assembleias foi-me parecendo cada vez mais pornográfico.

Ora, estava eu a ver as notícias na SIC, e lá apareceram umas imagens da reunião da ordem socialista para re-sagração do seu pastor. Tudo bem, uma pessoa percebe para o que serve aquilo. Mas há coisas, porém, que custam ver. Não me estou a referir àquele esforçado militante que desenhava uma curiosa teoria sexual ao arrepio das necessidades do PS [haja alguém que explique ao homem que aquilo é só para tirar uns votos aos gajos do BE] e protestava contra os casamentos gays, seja lá isso o que for. Também não me estou a referir ao dedicado militante açoreano que canta para alegrar a Dr.ª Edite Estrela, nem sequer ao discurso do Dr. António Costa. O que custa mesmo ver é um homem com o passado e o presente de Jaime Gama tecer loas ao pastor da congregação. Uma pessoa olha para ele e até parece ver que ele não acredita numa palavra que diz. Mas que ele as diz, lá isso diz.

1 comentário:

Anónimo disse...

"... oblige".

(Dessa mesma criatura mais me custou, talvez, assistir, em vídeo clips que correram aí anexos aos mails, ao que noutros idos ele "barafustou" relativamente ao mugabe da Madeira e as loas que recentemente lhe teceu... Estas servis criaturas - sem cerviz - não engolem sapos nem elefantes... Engolem dinossauros!)