A "coisa" vem de longe
Isto de estar a ler uma biografia do rei D. Carlos, da autoria do historiador Rui Ramos, permite descobrir algumas idiossincrasias nacionais. Num dos anexos, há uma cronologia relacionada coma vida do rei. Nessa cronologia refere-se que a 25 de Abril de 1864 “o governo recusa a dispensa de exames aos estudantes de Coimbra para comemorar o nascimento de D. Carlos”. Note-se que príncipe tinha nascido a 28 de Setembro de 1863.
Em primeiro lugar, há que referir que os estudantes de Coimbra, naqueles dias, eram de emoções fortes e prolongadas. Ainda não se teriam, no final do ano lectivo, recuperado da forte emoção que tomara conta deles com o nascimento do herdeiro do trono. Como poderiam eles fazer exames, depois de tantos e tantos meses da mais profunda alegria…
Em segundo lugar, se o governo recusou a dispensa aos exames é porque alguém a reivindicou. Seria um hábito nacional? Ou seria já uma propedêutica às novas teorias educacionais que o século XX viria a consagrar na destruição dos sistemas de ensino? Não sou historiador, não sei…
Esta recusa do governo gerou uma revolta estudantil em Coimbra, onde, parece, tiveram papel preponderante Antero de Quental e Eça de Queiroz. A revolta ficou conhecida como a “rolinada”, por os estudantes terem queimado um boneco de palha alusivo ao chefe do governo, o Duque de Loulé, Nuno Rolim de Moura Barreto. Não é de agora que se queimam efígies de políticos.
Como é óbvio, a «rolinada» não tinha qualquer razão de ser, mas uma coisa útil parece ter trazido: aproximou Antero Quental e Eça de Queiroz.
Conclusão da história. O Duque de Loulé não parecia muito disposto a facilitar a vida estudantil e abolir os exames, mesmo passageiramente. Mas o ideal dos estudantes de Coimbra acabou, de certa forma, por vencer. Os resultados são os que todos conhecemos.
Em primeiro lugar, há que referir que os estudantes de Coimbra, naqueles dias, eram de emoções fortes e prolongadas. Ainda não se teriam, no final do ano lectivo, recuperado da forte emoção que tomara conta deles com o nascimento do herdeiro do trono. Como poderiam eles fazer exames, depois de tantos e tantos meses da mais profunda alegria…
Em segundo lugar, se o governo recusou a dispensa aos exames é porque alguém a reivindicou. Seria um hábito nacional? Ou seria já uma propedêutica às novas teorias educacionais que o século XX viria a consagrar na destruição dos sistemas de ensino? Não sou historiador, não sei…
Esta recusa do governo gerou uma revolta estudantil em Coimbra, onde, parece, tiveram papel preponderante Antero de Quental e Eça de Queiroz. A revolta ficou conhecida como a “rolinada”, por os estudantes terem queimado um boneco de palha alusivo ao chefe do governo, o Duque de Loulé, Nuno Rolim de Moura Barreto. Não é de agora que se queimam efígies de políticos.
Como é óbvio, a «rolinada» não tinha qualquer razão de ser, mas uma coisa útil parece ter trazido: aproximou Antero Quental e Eça de Queiroz.
Conclusão da história. O Duque de Loulé não parecia muito disposto a facilitar a vida estudantil e abolir os exames, mesmo passageiramente. Mas o ideal dos estudantes de Coimbra acabou, de certa forma, por vencer. Os resultados são os que todos conhecemos.
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