30/04/07

Cardílio - VIII

Na luz destas colunas, em teu rosto
Macerado, coberto pelo musgo
Desenhado na areia dos olivais,
Quantos anos passaram como sombras?

As paredes são pó, pedras calcárias,
Abandonadas águas tão salobras
Como uma ave felina pela morte
Tocada. Breve cântico, colónia

Na palavra dobrada, porque te ergues?
A morte por mim chama nas manhãs
Outonais, no céu límpido e imortal.

Grita-me o nome a luz incendiada
No porão dos Invernos cintilantes.
Na rua, som, vento e sal pela alvorada.

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