Castanheiros em flor
Antes da flor do jacarandá vem a dos castanheiros, que, por um momento, se abre luminosa e povoa de cores, as mais frágeis, os passeios da avenida. O Almonda, surpreso, sustém a respiração, as águas petrificam-se, recolhem-se na sua própria essência, e antes de continuarem a cavalgada em direcção ao Tejo, deitam um último olhar ao esplendor que fulgura avenida fora. Por estes dias, há que percorrer a João Martins de Azevedo, quem lhe chamará assim?, de cabeça levantada. Depois virá o inclemente calor e a queda começará inexoravelmente, como em tudo na vida.
1 comentário:
"O Almonda, surpreso, sustém a respiração, as águas petrificam-se, recolhem-se na sua própria essência, e antes de continuarem a cavalgada em direcção ao Tejo, deitam um último olhar ao esplendor que fulgura avenida fora"...
Não é precisa rima, nem linhas breves, nem estrutura ou técnica especial... O poema está aí.
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