Cardílio - III
Cavaleiro fortuito, o teu cavalo
Trémulo pela arriba cai. Para onde
Te levam os seus passos, se nas asas
Do vento ao fresco orvalho ele te prende?
A segura derrota por teu nome
Chama, no rude campo onde definham
Da parca vida as áridas florestas.
Não cantes, pois tua voz é sombra vã.
Sendas em teu cavalgar desenhadas,
Ruas ferozes vencidas de cansaço,
Pedras feridas sujas em tua mão.
Os deuses esqueceram-te já. Partes,
Mas o alado cavalo em teu caminho
Ao destino fortuito e cruel te entrega.
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