O relatório do TC, os governos e Salazar
Quer perceber por que motivo Salazar ganhou uma espécie de concurso para maior português de todos os tempos? Então, veja o que diz o Relatório do Tribunal de Contas sobre a auditoria feita aos 3 (três) últimos governos. Isto diz mais do que muitas pseudo-explicações que têm sido adiantadas.
Mostra a imagem de venalidade que a classe política tem aos olhos dos eleitores. Mas, não o esqueçamos, esta imagem que vem dos governos não é uma coisa distante dos cidadãos. Ela encontra um reflexo nas Câmaras e essas estão ali mesmo ao lado. Toda a gente conhece toda a gente, o que cria um sentimento de desprezo pelos governantes da coisa pública. Secretárias e motoristas, assessores e chefes de gabinete, especialistas de especialidade nenhuma, tudo isto, quando ultrapassa os limites do razoável, gera desconfiança e alimenta uma inveja larvar que há em todos os mortais.
Os políticos deveriam ser muito cuidadosos neste tipo de situações, ter cautela com o impacto destas coisas na percepção da política pela sociedade. Por respeito à coisa pública, ser severo, de uma severidade quase ascética, nestes gastos não faz mal a ninguém. O desprezo por uma gestão racional rigorosa, vista como miserabilista na concepção de muitos dos eleitos, abre o caminho para uma avaliação cada vez mais negativa das elites políticas. Depois, abre-se a boca de espanto quando, nem que seja por brincadeira de mau gosto, se escolhe Salazar como o maior português de sempre, seja lá o que isso for.
Mostra a imagem de venalidade que a classe política tem aos olhos dos eleitores. Mas, não o esqueçamos, esta imagem que vem dos governos não é uma coisa distante dos cidadãos. Ela encontra um reflexo nas Câmaras e essas estão ali mesmo ao lado. Toda a gente conhece toda a gente, o que cria um sentimento de desprezo pelos governantes da coisa pública. Secretárias e motoristas, assessores e chefes de gabinete, especialistas de especialidade nenhuma, tudo isto, quando ultrapassa os limites do razoável, gera desconfiança e alimenta uma inveja larvar que há em todos os mortais.
Os políticos deveriam ser muito cuidadosos neste tipo de situações, ter cautela com o impacto destas coisas na percepção da política pela sociedade. Por respeito à coisa pública, ser severo, de uma severidade quase ascética, nestes gastos não faz mal a ninguém. O desprezo por uma gestão racional rigorosa, vista como miserabilista na concepção de muitos dos eleitos, abre o caminho para uma avaliação cada vez mais negativa das elites políticas. Depois, abre-se a boca de espanto quando, nem que seja por brincadeira de mau gosto, se escolhe Salazar como o maior português de sempre, seja lá o que isso for.
1 comentário:
100 % DE ACORDO !
Um abraço !
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