Metamorfoses LVIII
Salvatore Sciarrino – Perduto in una città d'acque
um traço oblíquo sobre a mesa de plástico
as revistas onde o papel amareleceu
a consciência leve como uma fina película
sobre a qual se inclina o ardor do mundo
de que poderemos falar se o sol arrefece
e as árvores sem folhas onde corra o vento
o melhor será fechar as mágoas em casa
e deixar a rua entrar pelos olhos dentro
se ainda pressentes uma luz na minha face
esquece a candeia que aí fabricas
é apenas uma ferida de sisal por fechar
ou uma onda negra pelo deus instruída
se nela quiseres ainda mergulhar
sabe que é na água que esqueço a vida
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