Justiça célere
A contrastar com a nossa, a justiça iraniana é célere. Condenados ontem à morte, 13 dos 14 rebeldes sunitas foram executados hoje de manhã. Segundo o Público, os "14 rebeldes condenados ontem foram dados como estando “em guerra contra Deus” e sendo “corruptores na Terra” por terem participado nas acções do “grupo terrorista dirigido por Righi”. Mas tanto quanto se sabe, nenhum destes homens planeou um atentado contra Deus ou organizou um exército ou uma milícia para apanhar Deus desprevenido e matá-lo, coisa manifestamente impossível tendo em conta o conceito de Deus. Seja como for, o que nós notamos é que aquelas paragens, que já foram das mais civilizadas do planeta, há um desporto que ultrapassa em muito a popularidade do futebol: matar seres humanos. Sunitas e xiitas estão bem colocados na tabela classificativa, matando-se entre si com denodo e muito profissionalismo. Quando estão cansados de se matar entre si, param e tentam matar ocidentais. Caso não haja ali à mão nenhum, matam quem por lá aparecer. Umas vezes a táctica é o terrorismo de iniciativa particular, outras é o terror de Estado, com a Justiça, e célere que ela é como convém, a servir o Terror. E o melhor é não nos rirmos por cá. Católicos e protestantes já fizeram o mesmo e ainda agora a marcha dos Orange, em Belfast, Irlanda do Norte, provou os distúrbios e feridos tradicionais. Matar ou violentar em nome de Deus deve dar um gozo infinito. É o que dá quando o absoluto cai nas mãos de seres relativos.
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