22/07/09

Alma Pátria - 6: João Ferreira-Rosa - Fado dos Saltimbancos


João Ferreira-Rosa - Fado dos Saltimbancos

Este é um post quase falhado. Não sei qual a data do Fado dos Saltimbancos, nem encontrei a capa do disco onde originalmente ele é publicado. Fica, porém, uma imagem de um Portugal praticamente morto. Um Portugal monárquico, tradicionalista e amante de toiros. A Revolução do 25 de Abril e a entrada para a CEE liquidaram-no, mas as pessoas da minha geração ainda o conheceram. Ah, não se pense que eu não gosto de touradas. Gosto mesmo, embora não seja um aficionado. Não é impunemente que se nasce no Ribatejo, perto da Golegã e da Chamusca, de toda a linha do Tejo onde a tradição taurina era bem forte. Seja como for, esta é uma parte da alma pátria em transformação acelerada. Continua, porém, a haver saltimbancos, aqueles rapazes, moços forcados, que, gratuitamente, teimam em pegar um touro de caras.

3 comentários:

Anónimo disse...

Sim...todos ouvimos ao longe o nosso ser de portugueses.
Crei que mora aí o nosso traço de humanidade neste absurdo de ter de viver...um som longinquo e eterno...um som doirado e que nos comove.

cumps

jlf disse...

Sou dum Ribatejo mais acidentado, com cambiantes de Beira Baixa. Ribatejano, contudo.

Também não sou dos mais aficionados, mas que gosto da festa, gosto.

maria correia disse...

Quase confundia o Rui de Mascarenhas com outro homem que cantou o Ribatejo: António Mourão: «quando vou para o Ribatejo e que vou cantar o fado, vou ver toiros e toureiros e um colete encarnado..vou ve runs olhos morenos, ai muito morenos a olharem para mim, vou perder o coração ao passar numa rua de Almeirim...»
Nunca me esqueci disto, lisboeta algarvia/alentejana que sou...sabe-se lá porquê...