Alma Pátria - 6: João Ferreira-Rosa - Fado dos Saltimbancos
João Ferreira-Rosa - Fado dos Saltimbancos
Este é um post quase falhado. Não sei qual a data do Fado dos Saltimbancos, nem encontrei a capa do disco onde originalmente ele é publicado. Fica, porém, uma imagem de um Portugal praticamente morto. Um Portugal monárquico, tradicionalista e amante de toiros. A Revolução do 25 de Abril e a entrada para a CEE liquidaram-no, mas as pessoas da minha geração ainda o conheceram. Ah, não se pense que eu não gosto de touradas. Gosto mesmo, embora não seja um aficionado. Não é impunemente que se nasce no Ribatejo, perto da Golegã e da Chamusca, de toda a linha do Tejo onde a tradição taurina era bem forte. Seja como for, esta é uma parte da alma pátria em transformação acelerada. Continua, porém, a haver saltimbancos, aqueles rapazes, moços forcados, que, gratuitamente, teimam em pegar um touro de caras.
3 comentários:
Sim...todos ouvimos ao longe o nosso ser de portugueses.
Crei que mora aí o nosso traço de humanidade neste absurdo de ter de viver...um som longinquo e eterno...um som doirado e que nos comove.
cumps
Sou dum Ribatejo mais acidentado, com cambiantes de Beira Baixa. Ribatejano, contudo.
Também não sou dos mais aficionados, mas que gosto da festa, gosto.
Quase confundia o Rui de Mascarenhas com outro homem que cantou o Ribatejo: António Mourão: «quando vou para o Ribatejo e que vou cantar o fado, vou ver toiros e toureiros e um colete encarnado..vou ve runs olhos morenos, ai muito morenos a olharem para mim, vou perder o coração ao passar numa rua de Almeirim...»
Nunca me esqueci disto, lisboeta algarvia/alentejana que sou...sabe-se lá porquê...
Enviar um comentário