01/06/08

No triste areal

No triste areal
de vento batido
aspira-se o mar
veloz, desabrido.

Na fresta cinzenta
onde, desmedido,
se cala o pássaro
que um dia, perdido,

achou minha alma
e, nela escondido,
sonhou-me contigo
em sono esquecido.

Jorge Carreira Maia, Pentassílabos, 2008

2 comentários:

jlf disse...

Não me quer convencer, pois não?
Não precisa.
Gosto - que é o que sucede quando me envolve.
Vale sempre a pena dizer que gosto da poesia em si. E em "si".

maria correia disse...

Muito bom, sempre. Esperamos o livro, mais uma vez...