No triste areal
No triste areal
de vento batido
aspira-se o mar
veloz, desabrido.
Na fresta cinzenta
onde, desmedido,
se cala o pássaro
que um dia, perdido,
achou minha alma
e, nela escondido,
sonhou-me contigo
em sono esquecido.
Jorge Carreira Maia, Pentassílabos, 2008
2 comentários:
Não me quer convencer, pois não?
Não precisa.
Gosto - que é o que sucede quando me envolve.
Vale sempre a pena dizer que gosto da poesia em si. E em "si".
Muito bom, sempre. Esperamos o livro, mais uma vez...
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