13/06/08

Irlanda 1 – Sócrates 0

O génio político da casa parece que perdeu o jogo na Irlanda. Se há uma coisa que mostra a menoridade política de Sócrates é a recusa de referendar o Tratado de Lisboa, depois da promessa eleitoral de o fazer. Mancomunado com o Presidente da República e o bando de mediocridades que governa a Europa, Sócrates deu o dito por não dito. Tinha, na sua pequena cabeça, a garantia da entrada para a história como o homem do Tratado de Lisboa, aquele onde a soberania era trocada por sabe-se lá o quê. Azar mesmo é ainda haver, nalguns sítios, democracia. Os irlandeses, uns ingratos, cortaram cerce os sonhos de glória do pobre homem e devolveram à Europa um mínimo de dignidade. Nós precisamos da União Europeia, o que não precisamos é de batota, como aquela que suportava a aprovação do Tratado de Lisboa às escondidas. Por muito que custe a Sócrates, a Barroso e à corja de burocratas que domina de fio a pavio a Europa, os povos europeus ainda existem. E se querem ser europeus, também gostam de ser portugueses, ou franceses, ou irlandeses. A pergunta que fica, porém, é a seguinte: o que irão os burocratas e a elite política europeia inventar a seguir para destruir os Estados-nação europeus?

2 comentários:

maria correia disse...

E viva a Irlanda! Sempre gostei deles!

Alice N. disse...

Grandes irlandeses! Uma bofetada para esta gente medíocre que pouco respeito tem pelas pessoas e pelos valores da democracia. Obrigada, Irlanda!