Faminto, arrojei
Faminto, arrojei
o peso do mundo
nos ombros da tarde.
Chovia na floresta
quando ergui
os braços cansados
ao corvo que grasna
e desalentado
corri na manhã:
o mundo vergou
a pálida aurora
em torno da terra e,
de súbito, um negro
cão de asas de cinza
uivou no tugúrio
vermelho a que chamas:
minha solidão.
Jorge Carreira Maia, Pentassílabos, 2008
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