27/06/08

Jornal Torrejano, 27 de Junho de 2008

On-line está já a nova edição do Jornal Torrejano. Para primeira página foi eleito o tema das dívidas do município com o título Qualquer dia não há dinheiro (aqui entre nós, isso já acontece em muito e bom lado). Referência ainda para a apresentação do renovado plantel dos amarelos. Por fim, um dirigente local do Bloco de Esquerda descobriu que havia um projecto socialista para o concelho, mas que não resulta. Se ele o diz…

Na opinião, siga-se então a ordenação alfabética após a referência ao cartoon de Hélder Dias. Carlos Henriques escreve Fasquia muito alta!, este blogger, Entre a creche e a assistência social, Jorge Salgado Simões, Cultura global, José Ricardo Costa, Crítica da razão impura, Marco Liberato, As folgas dos democratas e Miguel Sentieiro, A metamorfose.

Depois, é só ir passando por , para ir vendo como param as modas aqui na terra. Notícias frescas on-line, que o Jornal Torrejano não precisa de choque tecnológico para estar na vanguarda (passe a metáfora militar) da informação regional. Bom fim-de-semana e cuidado com os ultravioletas. Se acha que estou a ser muito sectário, proteja-se também dos infravermelhos, dos sobreverdes, dos supramarelos, dos superazuis e, acima de tudo, dos subrosas e dos infralaranjas. Não são de confiar.

3 comentários:

Alice N. disse...

Mais uma crónica brilhante, de uma clareza e clarividência absolutamente notáveis!

O que se está a fazer à escola pública é absolutamente criminoso e acredito que, no dia em que o PSD voltar ao poder, ainda será pior. Triste país este! Nunca sairemos da cepa torta!

Anónimo disse...

Acerca do binómio creche/asilo de filhos de famílias mais carenciadas, comecei por pôr em dúvida, cá para comigo mesmo, sobre se seria verdade que as elites políticas da democracia se teriam recusado SEMPRE a construir uma escola pública de grande qualidade…
Recorri à minha memória e à minha experiência enquanto pai e encarregado de educação.
Os meus dois filhos nasceram pouco antes do enterro da velha senhora. O mais novo, mesmo a escassos cinco meses da aurora da democracia. E é verdade que a minha opção, naturalíssima (repare-se que estávamos, então, nos alvores da experiência democrática) de privilegiar o ensino público, não me deixou sossegado. Menos ainda satisfeito.
Tenho, pois, e com mágoa, que confessar ser uma verdade a conclusão do Carreira Maia.
E devo salientar que não só neste texto, mas noutros da sua coluna semanal no JT, assim como em posts seus que tenho lido com frequência, proveito e agrado, há duas qualidades do meu caro CM que quero sublinhar: a lucidez e a firmeza.
Bravo!


Acerca do fim-de-semana e dos cuidados a ter com os rigores da estação ora iniciada (ou se preferir, com o “clima”), percebe-se logo o mote e a irónica verdade.
Eu concluiria, talvez: “… infralaranjas”. Ou seja, cuidado com o arco-íris, sobretudo enquanto sucessão de cores desbotadas! “Não são de confiar”.

jlf

maria correia disse...

Em relação ao artigo de JCM e ao ensino público na Áustria, importa dizer que na maior parte dos países da Europa do Norte, Finlândia, Noruega, ou até mesmo na Alemanha, também a escola pública tem um papel fundamental na formação dos indivíduos. É um ensino de qualidade e aposta-se nele. Chegamos a França e a coisa já muda um pouco...em Espanha, o dualismo público/privado já é mais acentuado e, em Portugal, existiu sempre uma certa «classe» que preferia colocar os «meninos» nas escolas privadas. E não era pela falta de qualidade do ensino público. Era porque...«era bem»...Manias estúpidas de um mentalidade de novo-riquismo. O culminar desta estupidez foi o surgir das «universidades privadas» nas quais se podia ingressar com notas muito inferiores às exigidas para as públicas. «Malhas que o Império tece»..ou seja, que uma mentalidade de «classe dirigente» nova-rica vai tecendo. Continuo a acreditar na escola pública. Os meus dois rapazes estudaram sempre nas públicas, estão em universidades públicas...O que há a fazer? Nas próximas eleições, ninguém ir votar. Nem em Sócrates nem em Ferreiras Leite nem no diabo que os carregue. Bem, talvez o Louçã se salvasse...E greves gerais constantes em todos os sectores. Abalar as estruturas. Todas.