Floresta de musgo
Floresta de musgo
cravada na rocha
cinzenta da serra,
promessa que habita
os raros caminhos
sulcados na terra.
Ali ponho os pés
e ao vento dou
a face de argila;
esqueço o mal
em troca do bem
que nele cintila.
E tudo aqui ladra,
os ventos, as árvores,
os cães que assim falam.
E eu em silêncio
espero por ti
se as noites se calam.
Jorge Carreira Maia, Pentassílabos, 2008
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