Ponteiros Parados
Até que enfim! Todos os sintomas apontavam para este desfecho. Mais tarde ou mais cedo, tinha de acontecer. Aconteceu agora, o Zé Ricardo (José Ricardo Costa. Esse mesmo, o do Jornal Torrejano) tem um blogue. Dá pelo nome de Ponteiros Parados, com a seguinte epígrafe: não há nada mais livre do que um relógio parado.
Quer isto dizer que faz parte, o proprietário da instituição, de um clube de conservadores, onde me incluo, que acha que o tempo não traz nada de bom. Está de acordo com a sabedoria tradicional e pré-moderna sobre o tempo como coisa a abominar. Enfim, todos, naquele clube, leram o romeno autor do Tratado de História das Religiões [aqui tive uma daquelas brancas que começam a ser habituais e fruto do efeito do maldoso tempo sobre os neurónios e lá tive de me levantar e ir à estante para “descobrir” o nome de Mircea Eliade].
Bem, deixemo-nos de floreados. O que se encontra por lá? Fotografia (própria, penso, e de outros), comentários, pequenas reflexões com o humor conhecido das crónicas do JT. Está ainda no começo, pois os ponteiros apenas pararam a 2 de Setembro, suspenderam o tempo e abriram o caminho da eternidade. Agora, já sabe: todos os dias, há que ir a esse lugar onde o tempo não passa, e que dá pelo nome de Ponteiros Parados.
1 comentário:
Boa! Ainda hoje me recuso a usar relógio de pulso...acho muitíssimo deselegante e pouco «livre» andar com o tempo «às costas», isto é, ao pulso... mas sou fascinada por relógios...no entanto, nunca chego atrasada a lugar algum...sou muito pouco portuguesa nisso...já lá fui, aos Ponteiros Parados.Bastante interessante. Obrigada pela sugestão...
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