Tão longe te levam os sonhos
Tão longe te levam os sonhos
e tão serena pousa a mão
sobre o véu que ao pensar cobre.
Não é Deus que está em teus olhos
nem a fímbria da tarde
ou um bando de aves a esvoaçar
sobre os plátanos de Abril.
Se orasses, a que deus pedirias auxílio
para o leve estremecimento
que em teus lábios espreita?
Houvera um deus das tempestades
e tudo em ti clamaria
para que, por ardil ou maldição,
do vento bonançoso fizesse
ventania e vendaval e furacão.
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