Na pureza geométrica onde a razão desdenha
Na pureza geométrica onde a razão desdenha
dos enigmas do sentimento senta-se
uma sombra tão leve como esta folha de papiro.
Ali escondo, em cerrada cifra, todos os segredos
do rio que escorre dos cântaros do teu coração.
Que fazer se o sol te ilumina o rosto
e toda a alma nele se reflecte? Se ocultavas
a perturbação que de ti se apossara
a luz abriu o cofre e o tesouro de cinza e sangue
entrega-se ao vento da tarde que pela vida o deixará.
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