Trazem nos olhos um voo de gaivotas e
Trazem nos olhos um voo de gaivotas e
por isso repousam em suave quietação,
levemente tocadas pelo vento,
enquanto um ar de assombro desenha
mapas de urze sob a capa do sentimento.
Ainda não choram,
pois trazem toda a inocência
na nudez daqueles pés tão leves,
à terra mal a tocam.
Mas quando o corvo vier
e o canto dos pássaros vespertinos
se tornar em vermelho grasnar,
não haverá gaivotas que em voo
aos olhos possam serenar.
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