O mundo das coisas domésticas
William Chase – Alice in Studio in Shinnecock Long Island
O mundo das coisas domésticas,
onde poisas os olhos, é tão brando
e imaculado como o assombro
que vem do outro lado do espelho.
Nele tudo se reflecte, os lírios
debruçados sobre o mar,
a luz da lua ao entardecer,
o itinerário dos pobres a pedir,
o uivo quebrado do cão ao meio-dia.
Só os teus dedos são um cálculo
onde conto todos os átomos deste mundo,
para depois os separar um a um
e reconstruir, no ócio dos domingos,
outros mundos, como se tudo
fosse apenas um jogo de lego,
recebido num natal de há muitos anos.
Cansado de te olhar, deixo-te
suspensa no tempo e roubo a tua imagem
do espelho para fugir com ela
para aquele lugar de lego fabricado,
onde não haverá sonhos nem pesadelos
nem um rio por onde chegues
naquele barco onde caronte é o barqueiro.
O mundo das coisas domésticas,
onde poisas os olhos, é tão brando
e imaculado como o assombro
que vem do outro lado do espelho.
Nele tudo se reflecte, os lírios
debruçados sobre o mar,
a luz da lua ao entardecer,
o itinerário dos pobres a pedir,
o uivo quebrado do cão ao meio-dia.
Só os teus dedos são um cálculo
onde conto todos os átomos deste mundo,
para depois os separar um a um
e reconstruir, no ócio dos domingos,
outros mundos, como se tudo
fosse apenas um jogo de lego,
recebido num natal de há muitos anos.
Cansado de te olhar, deixo-te
suspensa no tempo e roubo a tua imagem
do espelho para fugir com ela
para aquele lugar de lego fabricado,
onde não haverá sonhos nem pesadelos
nem um rio por onde chegues
naquele barco onde caronte é o barqueiro.
1 comentário:
Parabéns pelo sentido estético do seu blogue. Quando quiser poderá cnhecer o meu www.omomentocerto.blogspot.com
Cristina Fernandes
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