O juiz Vital
Vital Moreira, na sua cruzada pelo governo de Sócrates, escreve, no Público de hoje, sobre educação e a maravilhosa reforma que nela está a ocorrer. A cegueira sectária, o desconhecimento da realidade, a incapacidade de pensar sobre o que diz, a impotência para perceber o que realmente se passa explicam os delírios a que um dos pais do actual regime se entrega no artigo. No comentário que Paulo Guinote faz no seu Umbigo à prosa vitaliana, compara-o, na cegueira ideológica, a Graça Moura dos tempos do Prof. Cavaco primeiro-ministro. Há uma coisa, porém, que Graça Moura tem vantagem: é um bom poeta e um excelente tradutor de poesia, e isso perdoa muita coisa. Não se conhece veia artística no professor de Coimbra, apenas o azedume da ideologia a ferver no caldeirão do direito constitucional, e uma propensão geral para se enganar nos juízos políticos idêntica à persistência com que teima em fazê-los.
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