30/09/08

Tranquilidade

Percebo, um primeiro-ministro não pode fazer outra coisa, mas que garantias pode José Sócrates dar daquilo que diz? Será que os portugueses com poupanças podem estar tranquilos? E os muitos portugueses que não têm rendimentos nem para ter poupanças, também podem estar tranquilos? Diz, o primeiro-ministro, que a culpa é dos americanos. Claro, mas os europeus, coitados, nunca alinharam em nada daquilo, nem fizeram proselitismo dos novos tempos da economia mundial. Mas para que serve culpar agora os americanos? O importante é compreender até onde vai a interdependência das economias. Tranquilidade? Mas não é quando o mar está mais tranquilo que ele é mais perigoso?

1 comentário:

maria correia disse...

O mar, pelos vistos, ultimamente, anda «turbulento». Só se houve falar de «turbulência» no mercado do capital, de «tsunami» económico...como se estas catástrofes provocadas pelo capitalismo desenfreado e global fossem coisas tão «naturais» como as tempestades...é, mais uma vez, a ideologia neoliberal a falar, e, pelos vistos, o megacapitalismo tornou-se «um mar turbulento». Engano, erros meus, meus, do Homem. Porque estas «turbulências» poder-se-iam bem ter evitado com alguma regulação; e estou a ser branda. a tranquilidade que é pedida aos portugueses é aquela que é pedida aos passageiros quando o navio está a beira do naufráugio.