A Cidade Flutuante - 6. Tudo é tão vulnerável
Tudo é tão vulnerável,
as rosas, os becos,
as mãos brancas
manchadas de óleo.
Se alguém caminha pela rua,
o seu passo é furtivo,
segue fechado num alvéolo,
animal exausto,
a mão segura o lenço.
Um vulto então avista,
e logo as faces tomam
da palidez a cor
e o coração incha,
e é um gânglio de areia;
um medo de fogo,
a água o ateia.
[JCM. A Cidade Flutuante, 1993/2007]
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