20/11/07

A Cidade Flutuante - 16. Uma tremura de vento

Uma tremura de vento
e tudo baloiça e se desprende.

Nos troncos há musgos
e palavras gravadas
e corações,
onde o amor
eterno se tornou.

Se fora apenas vento,
não haveria ramos ou folhas
onde do amor
restasse frágil um lamento.

[JCM. A Cidade Flutuante. 1993/2007]

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