30/11/07

A Cidade Flutuante - 25. Uma rosa

Uma rosa,
uma violeta,
a erva rasa,
a tudo cobria,
e as pedras
da muralha
carcomidas pelo sol
a suster trepadeiras,
a lançar pragas,
no sítio onde cantavas
ao som dos primeiros acordes,
o dia avaro
então tos trazia.

Se as flores feneceram
e a erva secou,
foi a tua voz,
sob as pedras da muralha,
há muito se calou.

[JCM. A Cidade Flutuante. 1993/2007]

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