A Cidade Flutuante - 8. Fecharam os jardins à noite
Fecharam os jardins à noite,
roubaram rosas e violetas,
as sebes são agora um traço
que definha no horizonte.
O rio era uma língua de água
e falava,
falava entre lábios de orvalho
e ruas de terra seca.
Tudo se cerrou,
as janelas, as portas,
as praças brancas
onde te sentavas
e me vias chegar,
uma rosa na mão
e a violeta poisada no olhar.
[JCM. A Cidade Flutuante, 1993/2007]
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