Uma questão de carácter
Há quase sempre, por parte de José Sócrates e perante pessoas em situação difícil, uma palavra ríspida, como se sentisse necessidade de humilhar ainda mais a quem já a vida humilha suficientemente. Perante as dezenas de milhares de professores que não obtiveram colocação, Sócrates não se eximiu a dizer: "Muitos gostariam que o Estado contratasse mesmo que não precisasse deles, mas não é essa a nossa visão. O tempo da facilidade acabou. (Público)"
Talvez aquelas pessoas não procurem facilidades e um lugar para não fazer nada. Se o fizessem, talvez fosse melhor inscreverem-se num dos grandes partidos em vez de pensar em dar aulas. Mas por muita razão que possa ter, e aqui tem alguma, um primeiro-ministro tem o dever de abordar a situação de outra forma e com outras palavras. Muitos dos não colocados foram vítimas da ilusão que políticos e universitários semearam país fora, uns para garantir votos, outros para assegurar o lugar na Universidade. Agora, quando já é tarde para evitar as ilusões, é de mau tom atiçar os cães do populismo a gente já fragilizada pela vida. Mas Sócrates não muda.
Talvez aquelas pessoas não procurem facilidades e um lugar para não fazer nada. Se o fizessem, talvez fosse melhor inscreverem-se num dos grandes partidos em vez de pensar em dar aulas. Mas por muita razão que possa ter, e aqui tem alguma, um primeiro-ministro tem o dever de abordar a situação de outra forma e com outras palavras. Muitos dos não colocados foram vítimas da ilusão que políticos e universitários semearam país fora, uns para garantir votos, outros para assegurar o lugar na Universidade. Agora, quando já é tarde para evitar as ilusões, é de mau tom atiçar os cães do populismo a gente já fragilizada pela vida. Mas Sócrates não muda.
2 comentários:
não muda nem mudará.mas nós temos o dever e a obrigação de o mudar.talvez para um gabinete a fazer projectos daquelas belissimas casas..................
Eu já não consigo dizer isto doutra maneira: o homem mete-me nojo.
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