19/01/08

O potencial de paz dos atentados

Consta que os serviços secretos espanhóis (CNI) desarticularam em Barcelona uma célula de 14 islamistas, de nacionalidade paquistanesa e indiana, em fase de actividade (cf. El País). As autoridades espanholas avisaram também França, Reino Unido e Portugal de que células itinerantes estavam na disposição de cometer atentados de forma iminente. É evidente que nada disto é real, aliás como não o foi o ataque às torres gémeas de Nova Iorque, o massacre de Madrid ou o de Londres.

É também evidente que não existe qualquer conspiração que vise a Europa ocidental, nem passa pela cabeça de ninguém a islamização, de múltiplas formas, dessa mesma Europa. Aliás, como se tem visto, mal os muçulmanos chegam à Europa convertem-se logo ao nosso modo de vida, adoptam os nossos valores e comportamentos. A coisa é de tal maneira que as próprias Igrejas cristãs não têm mãos que cheguem para baptizar tanto ex-muçulmanos convertidos aos valores de Cristo. Por outro lado, como todos sabem, o Islão não faz proselitismo nem nunca usou a força como forma de conversão. Supor o contrário, é imaginação de gente reaccionária e incapaz de perceber o potencial de paz, de concórdia e de diálogo que os atentados trazem consigo.

2 comentários:

Anónimo disse...

Vá dizer isso ao BE ou mesmo aquele Nestlé que ainda tem dúvidas sobre a bondade da democracia norte-coreana (aquela onde os resultados eleitorais mais se assemelham aos do Millenium BCP)que lgo vê a corrida que leva...
Cordiais saudações

Jorge Carreira Maia disse...

Por exemplo, na blogosfera o Arrastão, de Daniel Oliveira, é um claro exemplo de «inocência» sobre a natureza do Islão. Muita gente não compreende uma verdade muito simples: o laicismo está inscrito geneticamente no cristianismo (dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus), mas o mesmo não se passa no Islão, onde a dimensão política e a religiosa se fundem numa única. Isto faz uma diferença colossal e torna o Islão uma fonte de conflito permanente. Tudo isto significa que, quando o cristianismo intervém na esfera política, o faz ao arrepio da sua natureza original, enquanto os mesmos actos por parte do Islão estão de acordo com a sua natureza. Não perceber isto é o princípio de todos os equívocos.