O serviço de Deus e as partidas do diabo

Em certa altura da vida política portuguesa, parece que um conjunto de gente com dinheiro e muito crente, diz-se que próximos ou pertencentes à Opus Dei, lá achou que o Deus dos céus precisava de um banco na terra. Contrariamente à televisão, o BCP prosperava, muito inovador e onde medidas absolutamente discriminatórias eram vistas como modernizadoras. Ali sim, havia mão do Senhor. Mais uma vez houve um erro de cálculo. Se há uma coisa de que o magano gosta, até mais do que de televisão, é de dinheiro e do poder ligado ao dinheiro. E sorrateiramente, cochicho aqui cochicho ali, o porcalhão lá armou a cena que estamos todos a descobrir, enquanto ele, dando umas fumaças num bom charuto cubano, se ri. Parece que, se tudo correr como o previsto, amanhã chegará à chefia do santo banco uma equipa povoada por socialistas.
A única coisa que, nestas histórias didácticas, não percebo é o papel dos socialistas: serão anjos da guarda dos crentes transviados e seduzidos pelos bens materiais ou diabretes ao serviço do «vade retro…»?
1 comentário:
São diabretes ao serviço do vade-retro...
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