Papel que se rasga - 3. O acto branco
O acto branco,
a chaga lívida,
o papel que se rasga,
se o suor semeia
argila em teu rosto.
Se fosses de sal,
acender-te-ia uma vela
para iluminar o musgo
que te cobre a mão.
Mas olho-te e apenas
vejo a madeira de onde
arranco as tábuas
para cobrir de negro
o negro coração.
[JCM. Papel que se rasga. 1978]
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