27/01/08

Sobre o plágio nas escolas - 2

Esta história do plágio nas escolas (ver comentário mais abaixo) não é de agora. Ela é vista, há muito, como coisa sem importância, senão mesmo natural. Tinha começado a dar aulas há pouco tempo, ainda não havia Internet, Wikipedia e Google, e, numa conversa com uma pessoa com formação superior, de uma honestidade pessoal isenta de mancha, uma pessoa a quem, durante toda a sua vida, associei a virtude da probidade, ouvi com surpresa a seguinte história: «Não percebo, dizia ela, como é que o professor de filosofia da minha filha lhe deu uma nota tão baixa num trabalho sobre Giordano Bruno. Ela tirou-o todo da enciclopédia, o tipo – o professor – deve achar que sabe mais do que o autor.» Nem é preciso comentar. O problema é antigo e é uma das vertentes da cultura escolar dos alunos portugueses que mais atenção deveria merecer.

1 comentário:

maria correia disse...

Os professores universitários deparam-se com um problema que já vem da escola primária...depois dizem aos alunos: «Nada de fazer copy paste do Google! Olhem que eu tenho um programa que detecta logo se o texto foi copiado!»Parece que resulta...
O problema do «copianço» tem séculos, já na minha altura era assim...ter vergonha de copiar era sinal de fraqueza...«És parvo, não copias?» É a cultura do chico-espertismo...A correcção deste erro de comportamento deveria vir de cima...A começar pelos Ministério e indo pelos professores fora...Sim, sabemos que não é permitido copiar, mas a tal «cultura do copianço», instalada, progride. O que fazer?Talvez, no fundo, a educação devesse começar, pura e simplesmente...EM CASA!