Perdoem-lhes que não sabem o que fazem
Acabei de ver uma reportagem sobre o ensino da língua portuguesa na Extremadura espanhola. Há um incremento da procura da nossa língua devido à difícil situação do mercado de trabalho daquela região fronteiriça. Mas não é isto o que agora me interessa. Na reportagem, foram filmadas diversas aulas dadas em Espanha. O que vi eu? “Modernas” técnicas pedagógicas? Práticas de diferenciação pedagógica ao gosto do senhor Valter Lemos? Não. Vi aulas tradicionais, de carácter expositivo, onde o professor ensinava e os alunos trabalhavam com ordem e disciplina, e assim aprendiam. Hoje, em Portugal, se um professor dá uma aula onde expõe a matéria e a explica, sente que cometeu um pecado e, para aliviar a consciência, quase tem vontade de ir para a sala de professores fazer uma autocrítica de tipo maoísta, ou chicotear-se para que os deuses da pedagogia lhe perdoem pelo facto de ter ensinado alguma coisa aos seus alunos. Que os deuses da pedagogia e o senhor Valter perdoem àqueles professores espanhóis que não sabem o que fazem. Ensinar os alunos, não fazer diferenciação pedagógica, mas que anormais são aqueles?
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