A Cidade Flutuante - 7. Ruíram as casas que me viram
Ruíram as casas que me viram,
as árvores entregaram-se à noite,
ela as levou.
Uma página tão rasa,
só a poeira a ergue ao vento
quando vem e corre
e traz nos braços a cinza;
com ela cobres os cabelos,
se esvoaçam,
e abres as narinas,
se uma palavra pedes,
se uma mão imploras.
[JCM. A Cidade Flutuante, 1993/2007]
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